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"Direitos humanos: As palavras importam"

Direito
"Direitos humanos: As palavras importam"
Domingo, 10 de Dezembro de 2023 in Público online

Artigo de Opinião por Inês Espinhaço Gomes, Docente da Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.
Utilizar o plural no masculino para abranger todas as pessoas não é uma decorrência ineludível do bom uso da língua portuguesa. É o resultado de um fenómeno de normalização da dominação masculina. “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em Direitos humanos: As palavras importam em dignidade e em direitos.” Foi graças a Hansa Mehta, ativista, escritora e política indiana, que o artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, e cujo 75.º aniversário celebramos neste domingo, colheu uma linguagem de género neutra.
Direitos humanos: As palavras importam
Em 1791, Olympe de Gouges, dramaturga e ativista francesa, havia desafiado a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, adotada em França em 1789, quando, num golpe de ousadia, escreveu e publicou a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. "Homem, és capaz de ser justo? É uma mulher que te pergunta; não lhe negarás esse direito. Diz-me isto? Quem te deu o poder soberano para oprimir o meu sexo? A tua força? Os teus talentos?” — lê-se na carta que acompanha a Declaração (tradução pela autora).

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