Maria José Fonseca, docente da Católica Porto Business School.
As preocupações ambientais e sociais deram origem a um conjunto de iniciativas legislativas na União Europeia (UE), que visam direcionar os fluxos de capitais para investimentos sustentáveis. Esta orientação é consentânea com a crescente apetência dos investidores por produtos financeiros que incorporem características de sustentabilidade, muito embora necessitem de mais informação para mitigar os riscos de seleção adversa.
Segundo a BlackRock, gestora de investimento mundial, a generalidade (97%) dos seus clientes planeava duplicar, em 5 anos, os ativos sustentáveis sob gestão, passando de 18% da carteira, em 2020, para 37%, até 2025, com a maioria dos inquiridos a apontar a baixa qualidade ou a escassez de informações ESG (Environmental, Social and Governance) como a principal barreira para uma maior aposta no investimento sustentável.