X

José Pedro Cortes · Cintura

14.10.2021 19:00 — 17.12.2021 20:00
Escola das Artes


 

ENGLISH BELOW

Exposição
Cintura
José Pedro Cortes
14 OUT – 17 DEZ 2021
 

Curadoria: Sylvia Chivaratanond

 

Abertura:  14 OUT · 19H

 

Biografias | Visita Virtual | Vistas de exposição | Ficha Técnica | Apoios

 

“O futuro pertence àqueles que entendem que fazer mais com menos é compassivo, próspero e duradouro e, portanto, mais inteligente e até competitivo.”

Paul Hawken, ambientalista e empresário serial

 

Cintura explora as vastas estruturas da VCI, um intrincado mapa de autoestradas e anéis circulares que ligam as pontes do centro do Porto à periferia da cidade ao longo do rio Douro. Com origem na década de 1960 e ampliada em 1989, a VCI é descrita como sendo as artérias de entrada e saída da cidade e teve um papel vital na formação e desenvolvimento do Porto. Coincidindo com este crescimento, Cortes cresceu acompanhando o desenvolvimento da VCI e, através da sua lente, desenhou um retrato íntimo do seu sistema pulsante.

Como em todo o trabalho de Cortes, estas fotos evocam momentos íntimos, misteriosos e pessoais, quase como se a VCI, por si só, fosse um personagem. Com tanto movimento e pessoas passam por este sistema diariamente, é difícil imaginar que um dia desacelere. É como se Cortes nos lembrasse que a humanidade pode estar na mesma trajetória - uma metáfora sobre a cultura contemporânea, ou talvez a falta dela. Talvez ele queira apenas apontar os meros atos transgressivos que ocorreram nestas estradas. Em contraste com a natureza, a VCI é construída pelo homem e atende às necessidades do capitalismo em termos de comércio e serviços. Ainda assim, a ironia é que devemos entrar nos nossos carros e usar estas estradas para chegar até à natureza ou como Ralph Waldo Emerson escreveu: Adote o ritmo da natureza - o segredo dela é a paciência; na verdade, é algo que todos devemos adotar para poder entrar e sair da VCI.

 
 

TER – SEX · 14H00 – 19H00
Sala de Exposições da Escola das Artes
ENTRADA LIVRE*

*O acesso à exposição é condicionado às seguintes regras:

  • Utilização obrigatória de máscara
  • Desinfecção das mãos com álcool-gel à entrada (disponível no local)

 


VISITA VIRTUAL


VISTAS DE EXPOSIÇÃO
Fotos © José Pedro Cortes

 
 
   

 

 

 


BIOGRAFIAS

JOSÉ PEDRO CORTES (PORTO, 1976)

Cortes expõe regularmente desde 2005, em Portugal e no estrangeiro. Das suas exposições individuais destacam-se as mostras no Centro Português de Fotografa (Porto, 2005), White Space Gallery (Londres, 2006), Museu da Imagem (Braga, 2006), CAV - Centro de Artes Visuais (Coimbra, 2013), Museu Nogueira da Silva (Braga, 2001), Robert Morat Galerie (Berlin, 2015), Museu da Electricidade/MAAT (Lisboa, 2015), Galeria Francisco Fino (Lisboa, 2018) e MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (Lisboa, 2018). Colectivamente expôs, entre outros locais, na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2006), Deichtorhallen Hamburg (Alemanha, 2012) Centre Gulbenkian Paris (França, 2012), Fondazione Monte di Luca (Itália, 2012), Oslo Peace Center (Noruega, 2013), Museu de Serralves (Porto, 2014), Canadian Centre for Architecture (Canada, 2015). Em 2014 foi um dos 3 nomeados para o prémio BESPhoto 2014, expondo o seu trabalho no Museu Berardo (Lisboa) e no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brasil). Em 2016 foi um dos 4 artistas comissariados para desenvolver um projecto inédito para a BF 16 - Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira.

Tem 5 livros publicados: 'Silence' (Pierre von Kleist, 2005), 'Things Here and Things Still to Come' (PvK, 2011), 'Costa' (PvK, 2013), 'One's Own Arena' (PvK, 2015), 'A Necessary Realism' (PvK, 2018). O seu trabalho encontra-se representado em várias coleções públicas e privadas, entre as quais Novo Banco Art Collection, Colecção de Arte Contemporânea do Estado, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, PLMJ ou MAAT/Fundação EDP.

O seu trabalho é representado pela Galeria Francisco Fino (Lisboa) e Robert Morat Galerie (Berlin).

 

SYLVIA CHIVARATANOND

SYLVIA CHIVARATANOND é curadora, escritora e consultora de artes radicada no Porto, Portugal. Recentemente, foi curadora-adjunta de Arte Americana no Centre Pompidou Museum and Founda¬tionem Paris. Estudou História da Arte na University of Califórnia em Los Angeles tendo posteriormente concluído o seu mestrado em Estudos Culturais e Antro-pologia Cultural da University of Leicester em Leicester, Inglaterra.
Agora residente em Portugal, Sylvia tem mais de vinte anos de experiência em museus e ocupou cargos de curadoria no Walker Art Centre, no Museum of Con¬temporary Art de Chicago, na Tate Gallery em Londres e na 50ª _Bienal de Veneza (2003). Trabalhou em exposições indivi¬duais com Isaac Julian, Christian Marclay, Rashid Johnson, Dan Graham, Sturtevant e Pierre Bonnard, entre muitos outros.
Além de trabalhar nas áreas de artes vi¬suais e design, ao longo de sua carreira, Sylvia esteve sempre ligada a iniciativas de apoio à justiça social e iniciativas de apoio alimenta na sua comunidade local.
É membro da direção de um centro para jovens sem-abrigo em Los Angeles e é também membro do conselho fundador da Midway Contemporary Art em Minnea¬polis, MN, e da Edible Schoolyard (Alice Waters Foundation) em Berkeley, Califór¬nia.
 
 

Exhibition
Cintura
José Pedro Cortes
14 OCT – 17 DEC2021
 

Curator: Sylvia Chivaratanond

Opening:  14 OCT · 19H

 

“The future belongs to those who understand that doing more with less is compassionate, prosperous, and enduring, and thus more intelligent, even competitive.” Paul Hawken, environmentalist and serial entrepreneur 
 
 
Cintura explores the vast structures of the VCI, an intricate map of highways and circular rings that connect to the bridges of the center of Porto to the outskirts of the city along the Douro River. Originating in 1960s and expanded in 1989, the VCI is described as arteries leading in and out the city and has had a vital role in the formation and development of Porto. Coinciding with its growth, Cortes grew up using the VCI as a teenager and draws an intimate portrait of its pulsating system as seen through his lens. 
 
As with all of Cortes’s work, these photographs evoke intimate moments that are uncanny and personal, almost as if the VCI is a character on its own. So much movement and people pass through this system on a daily basis it’s hard to imagine that it ever slows down, as if Cortes is reminding us that humanity may be on the same trajectory- a metaphor about contemporary culture, perhaps lack thereof. Or perhaps he wants to point to the mere transgressive acts that have occurred on these roads. In contrast to nature, the VCI is man-made and serves the needs of the capitalist in terms of manifesting commerce and trade.  Yet the irony remains that we must get into our cars and use these roads in order to get out to nature or as Ralph Waldo Emerson wrote: Adopt the pace of nature- her secret is patience; indeed it's something we must all adopt to be able to weave in and out of the VCI. 

 

JOSÉ PEDRO CORTES (PORTO, 1976)

Cortes studied at Kent Institute of Art and Design (Master of Arts in Photography) in the UK. In 2005, after 3 years living in London, moved back to Lisbon and was part of Gulbenkian Creativity and Artistic Creation Program in Photography. On that same year had his first solo exhibitions at Centro Português de Fotografia (I will not reveal you) and Silo (Silence), both in Porto, Portugal. Cortes was also selected for the Photo London – Emerging Artists Presentations and, in 2006, took part in the Getty Images curated exhibition New Photographers 2007. Other solo exhibitions include Museu da Imagem (Braga, 2006), Módulo – Centro Difusor de Arte (Lisboa, 2008, 2010), White Space Gallery (London, 2006), CAV – Centro de Artes Visuais (Coimbra, 2013), Robert Morat Galerie (Berlin, 2015). In 2015, as part of the exhibition ‘EDIT: Sequence/Meaning’, his body of work ‘Costa’ was exhibited at CGAC – Centro Galego de Arte Contemporánea, in Santiago de Compostela.

In recent years Cortes was invited for some projects that include EPEA – European Photo Exhibition Award, with work shown in four European venues (Deichtorhallen Hamburg, Centre Gulbenkian Paris, Fondazione Monte di Luca, Italy, and Oslo Peace Center, Norway), European Eyes on Japan ( with book and exhibition) and O Processo SAAL: Arquitectura e Participação, 1974-1976 , with work shown at Museu de Serralves, Porto and at Canadian Centre for Architecture, Toronto. In 2014 Cortes participated in the event Live Editing Show at LE BAL, Paris, where visitors could produce a book in collaboration with the artist. In 2014, he was nominated for the BESPhoto award with exhibitions at Museu Berardo, Lisboa, and Instituto Tomie Ohtake in São Paulo, Brazil. In 2015 he presented ‘One’s Own Arena’ at Museu da Electricidade/MAAT, Lisboa, and in 2016 was one of the commissioned artists for the BF16 – Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira with his installation ‘Reinforced Concrete’. In 2018, he presented ‘Mirror Plant’, his first solo show at Galeria Francisco Fino, and ‘A Necessary Realism’, a survey exhibition curated by Nuno Crespo at the National Museum of Contemporary Art (MNAC), in Lisbon. His most recent exhibition was 'Corpo Capital' at Galeria Francisco Fino (Lisboa, 2021).

José Pedro Cortes is co-founder and co-editor at Pierre von Kleist editions, a publishing house based in Lisbon, that has published more than 40 titles.

 


 
 
Organização
 
Este projeto é financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projecto Ref.ª UID/00622/2020.
 
 
Este projeto foi desenvolvido no âmbito do projeto NORTE-01-0145-FEDER-022133, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Norte (NORTE 2020), através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
 
 
Apoios
Câmara Municipal do Porto (Programa de Apoio à Criação Artística CRIATÓRIO)