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Diogo Dias: “Quero aliar a Psicologia à Gestão, ajudando as empresas a crescer!”

Diogo Dias é estudante do Mestrado em Psicologia e é, também, o atual Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Educação e Psicologia. Escolheu este caminho porque “é fascinante compreender a mente humana” e sonha com um futuro ligado ao mundo empresarial. É dinâmico, criativo, integra o projeto de voluntariado FLY’22, coordenado pela CASO, e está sempre pronto para abraçar novos projetos!

 

Porquê Psicologia?

Inicialmente, a minha ideia era seguir medicina, pensava em ortopedia por causa da ligação ao desporto. No secundário comecei em ciências com esse pensamento em mente, mas rapidamente mudei para economia porque percebi que a minha verdadeira vocação era a gestão empresarial e o meu objetivo era seguir a área da gestão, mas na verdade nunca gostei assim muito de matemática e quando tive de escolher o curso coloquei tudo isso na balança e percebi que, apesar de gostar muito do mundo das empresas, aquilo que puxava por mim era a parte relacionada com as pessoas, perceber a sua motivação, perceber os seus problemas e de que forma as podemos ajudar. O sucesso de uma empresa depende dos seus trabalhadores e eu percebi que queria movimentar-me dentro do mundo empresarial, mas ligado mais às pessoas, percebendo os seus interesses e motivações, impulsionando assim todo o ambiente corporativo.  

 

“Quero aliar a psicologia à gestão, ajudando as empresas a crescer através daquele que é o seu maior valor: as suas pessoas.”

 

Há alguém que seja alguma referência para si nesta área?

Sim, a minha mãe é psicóloga, mas mais ligada ao mundo da educação. Por influência da minha mãe, sempre tive contacto com o mundo da psicologia e sempre me interessei pelo comportamento das pessoas. É fascinante compreender o que vai na mente das pessoas, aquilo que vai para além do que se pode medir fisicamente.

 

“A capacidade que a Católica tem de proporcionar aos seus alunos a parte prática do mundo real do trabalho, mesmo antes de entrarmos, efetivamente, nele.”
 

De que forma é que através da Psicologia quer estar ligado ao mundo das empresas?

Quando comecei a minha licenciatura em Psicologia já tinha isso bem em mente. Quero aliar a Psicologia à Gestão, ajudando as empresas a crescer através daquele que é o seu maior valor: as suas pessoas. Como lidar com as pessoas? Quais são os problemas de casa que trazem para o trabalho? Como podem sentir-se mais felizes no trabalho? Que estratégias adotar para que as pessoas se sintam motivadas? Infelizmente, em Portugal, ainda reduzimos muito o papel dos formados em psicologia nas empresas aos processos de recrutamento, mas a sua atuação é muito mais vasta e é nesses domínios que eu quero trabalhar.

 

Quando é que surge esse interesse pelo mundo das empresas e das organizações?

Surge do gosto que sempre tive de criar, de fazer acontecer, de ser criativo e de me sentir desafiado! Motiva-me muito o poder orientar um grupo de indivíduos para um objetivo. Desde muito novo que me envolvo em projetos diferentes: joguei basquetebol muitos anos e o meio desportivo incentiva-nos a sermos melhores líderes; aos 17 anos criei, em conjunto com outros amigos, uma academia de alto rendimento, cujo objetivo era o trabalho com atletas e estudantes;  como entretanto surgiu a pandemia, vimo-nos obrigados a suspender a atividade da academia e começamos a organizar campos de férias, através dos quais promovemos não só a prática desportiva, mas, também, o desenvolvimento de competências como a relação com os outros, a comunicação, o trabalho em equipa; entretanto, lancei-me, também, no Marketing Digital e assumi a gestão de redes sociais de um ou outro cliente, percebi que havia algum mercado para explorar neste sentido. Gosto mesmo de me manter ocupado e de servir diferentes projetos!

 

“Os professores são muito exigentes e estão constantemente a puxar pelo melhor de nós.”

 

Veio para a Católica fazer o Mestrado em Psicologia, com a especialização em Psicologia Clínica e da Saúde …

Candidatei-me ao Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde e estou muito contente com a minha decisão de ter vindo estudar para a Católica. Não escolhi apenas e só porque a Católica é muito reconhecida, mas sim por aquilo que me está a proporcionar e que é muito diferenciador relativamente a outras universidades: a prática clínica, as experiências de voluntariado, a proximidade com os professores. Aquilo que mais tenho valorizado, e que é uma grande mais valia, é a capacidade que a Católica tem de proporcionar aos seus alunos a parte prática do mundo real do trabalho, mesmo antes de entrarmos, efetivamente, nele. Não tenho dúvidas de que assim somos alunos com mais experiência e muito melhor preparados para os desafios do futuro. 

 

“Temos de aproveitar ao máximo este campus multidisciplinar!”

 

Começou a estudar na Católica no início deste ano letivo: como é que define o percurso até aqui?

Desafiante e motivador. Desafiante porque os professores são muito exigentes e estão constantemente a puxar pelo melhor de nós e motivador porque sentimos que estamos a progredir e não há nada melhor que isso! Nós, alunos, sentimo-nos a crescer e sentimos que melhoramos e aprendemos mais a cada dia.

 

É o atual Presidente da Associação de Estudantes da FEP. Como é que caracteriza o seu mandato?

A nossa campanha caracterizou-se pelo contacto pessoal com cada aluno e é isso mesmo que queremos continuar a fazer ao longo de todo o mandato. Durante a campanha, falamos com centenas de alunos, ouvimos as suas sugestões, os seus problemas e ideias. Agora é tempo de pôr tudo em prática e continuar a promover a proximidade entre os estudantes e a sua Associação de Estudantes. Queremos representar todos sem exceção, primando pelo contacto pessoal, próximo e atento.

 

“Enquanto futuro psicólogo, sinto que preciso de conhecer diferentes realidades para ser cada vez mais capaz de compreender as pessoas e os seus problemas.”

 

Para além do contacto próximo com todos os estudantes, de que forma é que também quer que o seu mandato seja recordado?

Pela aproximação entre as várias Associações de Estudantes da Católica no Porto! Quando cheguei à Católica, reparei que não havia muita proximidade e cooperação entre as várias associações. Quero quebrar isso e mostrar que vale a pena unirmo-nos e organizarmos atividades em conjunto. Temos de aproveitar ao máximo este campus multidisciplinar! Considero que nenhuma área se deve fechar em si mesma. O trabalho que se realiza em equipa é tanto melhor, quanto maior for a colaboração entre as diferentes áreas. As Associações de Estudantes de cada faculdade têm, por isso, o dever de criar pontes entre as diferentes áreas e promover as relações. Este campus reúne uma panóplia de conhecimentos e competências que é única e nós temos de tirar o máximo partido disso.

 

Integra o projeto FLY’22, coordenado pela CAtólica SOlidária. Qual é a sua motivação em participar?

Eu já tinha participado em algumas atividades de voluntariado e, por isso, esse gosto e interesse já existia. O que mais me interessou no FLY foi a possibilidade de poder conjugar a oportunidade de fazer voluntariado com a possibilidade de viver uma experiência internacional, que me permitirá conhecer novas culturas e realidades. Enquanto futuro psicólogo, sinto que preciso de conhecer diferentes realidades para ser cada vez mais capaz de compreender as pessoas e os seus problemas. No verão, irei para Espanha onde vou fazer tutoria junto de pessoas carenciadas e, também, onde vou trabalhar a sustentabilidade da localidade onde vou estar inserido.

 

Lugar favorito do campus?

A AE da FEP, claro (risos)! Temos passado muito tempo lá, porque estamos a tentar renovar o espaço. Queremos que a sala da AE seja a casa de todos os estudantes.

 

05-05-2022