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Pesquisas Internas

  • Em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa, a COTEC realizou o relatório “Bioeconomia Circular e Digital – Oportunidades para a Transição e Desenvolvimento Sustentável da Economia e Indústria Portuguesa”, um projeto no âmbito da Plataforma Pi4.0 apoiado pelo programa COMPETE.

    Manuela Pintado, diretora do laboratório associado CBQF e docente da Escola Superior de Biotecnologia, e Alexandra Leitão, da Católica Porto Business School, coordenaram o relatório que contou também com a colaboração de Francisco Rebelo, assistente convidado da Católica Porto Business School, e de Tânia Ribeiro, aluna de doutoramento da Escola Superior de Biotecnologia.

    O relatório indica que Portugal tem evoluído de forma positiva e que tem potencial para crescer a uma maior velocidade, de forma a convergir com a média europeia e corresponder aos grandes objetivos estabelecidos de transição para uma economia de baixo carbono e de recursos renováveis. Em termos de novos biomateriais e bioprodutos salienta-se o potencial dos recursos florestais para a implementação da bioeconomia circular e competitividade em setores-chave como a Construção, Têxtil e Plásticos, uma vez que Portugal é dos países na Europa com maior percentagem de território florestal. Para uma maior sustentabilidade na Construção é necessário um maior uso de materiais com baixa energia incorporada, como a madeira e cortiça, bem como um melhor desempenho ambiental nos edifícios.

    bioeconomia em Portugal tem vindo a crescer desde 2011, com um valor acrescentado próximo dos 12.000 milhões de euros em 2017 (cerca de 7% do valor acrescentado português), correspondendo a 13,3% do emprego total em Portugal e um volume de negócios superior a 43 milhões de euros (cerca de 12% do total de volume de negócios da economia). Já o valor acrescentado da economia circular em Portugal estima-se que ultrapasse os 7.000 milhões de euros em 2017, ou seja, 4,21% do valor acrescentado nacional, correspondendo a cerca de 6,21% do emprego total nacional. O grande contributo para a economia circular advém da indústria de base biológica, que representa 62,3% do valor acrescentado total gerado pela economia circular.

    Neste sentido, os bioprodutos apresentam um elevado potencial para a economia portuguesa. Estima-se que em 2030 uma quota de mercado de 5% dos bioprodutos nos mercados da Construção, Têxteis e Plásticos corresponda a um aumento agregado de receitas de 260-579 milhões de euros por ano em Portugal. Em adição à dimensão económica, salientam-se as implicações para a sustentabilidade ambiental, tendo em vista a descarbonização da economia.
    No final do relatório, os seus autores fazem um conjunto de recomendações com vista à promoção e implementação de uma bioeconomia circular de forma eficiente e definitiva, onde a digitalização desempenha um papel determinante:

    • “Garantir a disponibilidade da biomassa florestal através da melhoria do seu mapeamento e de uma gestão florestal sustentável é fundamental para garantir a produção competitiva dos novos biomateriais e bioprodutos.
    • Implementar o princípio do uso em cascata, garantindo a avaliação dos impactos ambientais dos produtos ao longo do seu ciclo de vida, assim como a redução de subprodutos.
    • Apostar no desenvolvimento de simbioses industriais que permitirão aumentar a segurança do fornecimento de matérias primas e gerar a transição para uma economia circular sustentável.
    • Inovar nos métodos e tecnologias para otimizar os fluxos de biomassa e os processos produtivos e reduzir as lacunas na cadeia de valorização industrial de modo a compensar o possível maior custo dos bioprodutos devido à complexidade dos processos produtivos.
    • Apostar na normalização e certificação dos novos produtos obtidos a partir de biomassa florestal, com vista ao aumento da confiança do mercado.
    • Melhorar a rastreabilidade e a cadeia de custódia em toda a cadeia de valor para obtenção de vantagens competitivas.
    • Apostar na consciencialização dos consumidores para aumentar a penetração no mercado dos novos produtos.”

    Por outro lado, os autores do relatório salientam que “a transição não acontecerá por si só e se tal for deixado apenas a cargo do mercado”, pelo que “o Governo tem um papel crucial na identificação de áreas onde os incentivos podem ajudar a desbloquear o investimento necessário do sector privado.”

    Março 2020

  • Liderar em tempos de crise

    Entrevista a Arménio Rego, Docente e Diretor do LEAD.Lab da Católica Porto Business School

    1. Se estivesse a gerir uma empresa e/ou organização quais as 3 primeiras decisões que tomaria?

    Responderei que tomaria as medidas que gostava de tomar, mas respeito outras escolhas de quem está perante esta realidade crítica. Primeiro: seria transparente a propósito da situação da empresa. Segundo: mostraria, com atos, que a empresa é um empreendimento coletivo, para o melhor e o pior. Apoiaria, pois, colaboradores em situação de fragilidade. Essa ação veicularia uma mensagem empática, não apenas para quem recebe o apoio mas também para os restantes colaboradores. Terceiro: procuraria revelar confiança e tenacidade, mas mostraria disposição para fazer ajustamentos de acordo com a evolução das circunstâncias.

    2. Que conselhos daria a um líder para preparar o futuro numa altura de incerteza como a que vivemos atualmente?

    Sugerir-lhe-ia duas coisas. Primeira: que avaliasse devidamente a situação para deliberar de modo tão sábio quanto possível e sem precipitações. Segunda: que veiculasse uma mensagem de esperança, sem dourar a pílula. Perante uma situação tão crítica como a que se vive, não é possível identificar soluções de indubitável eficácia. Mas convém assinalar às pessoas que, apesar das dificuldades e dos riscos de fracasso, há possibilidades de vencer o problema – e essas possibilidades não devem ser desperdiçadas. A equipa de resgate dos 33 mineiros da mina de San José, no Chile, sabia que eram diminutas as probabilidades de resgatar os mineiros soterrados a 700 metros de profundidade. Mas foi a janela de esperança que energizou todas as pessoas e entidades envolvidas. Sem essa esperança, energizada por um propósito nobre, a desistência teria vencido. O fracasso pode sempre emergir. Mas a probabilidade de o mesmo ocorrer é menor se, com tenacidade, as possibilidades (ainda que modestas) de sucesso forem aproveitadas.

    3. Que características um líder deve ter para ser bem sucedido mesmo em momentos de crise?

    Determinação e perseverança para prosseguir apesar dos obstáculos. Resiliência para lidar com fracassos e prosseguir orientado para o futuro. Humildade para reconhecer que não tem respostas para tudo, que pode cometer erros, e que os outros podem ajudá-lo. Autoconfiança para energizar a equipa. Sabedoria para não se precipitar. Empatia e compaixão para com as pessoas que com ele trabalham. Autocontrolo emocional para manter a calma e a serenidade.

    4. Ser um bom líder hoje, numa altura de crise, é diferente do que era ser um bom líder há dez anos atrás?

    Há competências transversais a todos os tempos. Mas as situações hipercríticas requerem competências diferentes das necessárias em tempos de bonança. As que antes referi são importantes em qualquer momento, mas adquirem especial relevância nestes tempos conturbados. Ademais, alguns líderes com perfil ajustado a momentos de “guerra” (como Churchill) são menos eficazes em tempos de “paz”. Isso ocorre porque a liderança não é apenas “líder”. Antes é um processo que envolve líderes e liderados numa dada situação. Perante diferentes situações, os liderados esperam diferentes ações de liderança – e alguns líderes dão mais mostras do que outros de que correspondem a esses anseios. Dito isto e considerando as razões apontadas: não há perfis ideais. Pode mesmo suceder que, nestes momentos críticos, alguém sem “perfil de líder” dê mostras de que possui dotes de liderança ao corresponder aos anseios dos liderados. As situações também “fazem” os líderes.

    5. Uma mensagem de esperança a todos os líderes.

    Responderei de modo paradoxal. Sempre houve crises, sempre as haverá. Não controlamos tudo. Somos mortais. Estes momentos lembram-nos da nossa finitude e mostram que todos precisamos de todos. Essa é a realidade – negá-la não nos ajuda. Cientes dessa circunstância, podemos melhorar a nossa condição. Se outras pessoas e outras sociedades lidaram com crises muito mais graves do que a atual, nós também podemos atravessar este momento com a noção de que do veneno se pode fazer remédio. Mas devemos aprender: quanto tudo ficar bem, convém que guardemos “recursos” para os momentos críticos que, mais dia menos dia, acabarão por surgir.
     

  • Albert Serra, Roi Soleil (2017), Galeria Graça Brandão, Lisboa

     

    Escola das Artes em Direto #7 · Cinema no Museu
    31 MAR · 17H

    Daniel Ribas e Nuno Crespo propõem-nos nesta emissão uma reflexão sobre os desafios de recontextualização do cinema num campo expandido fora da tradicional sala de cinema, com passagem por obras de Apichatpong Weerasethakul, Jean-Luc Godard, Albert Serra ou Gabriel Abrantes.

    Referências:
     
    Apichatpong Weerasethakul

    Albert Serra

    Jean-Luc Godard
    Gabriel Abrantes
     
    Balsom, Erika. (2013). Exhibiting Cinema in Contemporary Art. Amsterdam: Amsterdam University Press. https://www.jstor.org/stable/j.ctt45kdsq
  • Estamos em casa!

     

    Continue connosco... a Biblioteca continua consigo!

     

    Neste contexto de Pandemia, muitos editores têm disponibilizado, alguns dos seus conteúdos, em acesso aberto.

    Podem aceder: https://www.b-on.pt/noticias/conteudos-em-acesso-aberto/

    Pode falar connosco por email: biblioteca@porto.ucp.pt

     

     

     

     

  • A Faculdade de Educação e Psicologia, através da Clínica Universitária de Psicologia (CUP), disponibiliza um serviço de apoio psicológico à comunidade interna (docentes e colaboradores) da Católica, no Porto, durante o período de isolamento social associado à pandemia de Covid19.

    Mais informações serão disponibilizadas na intranet da Católica no Porto.

    Abril 2020

  • Em linha com o anunciado na semana passada pela Presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, são vários os investigadores, docentes, alunos e colaboradores que estão na linha da frente para ajudar a combater a pandemia COVID-19.

    Hoje damos a conhecer o trabalho que está a ser desenvolvido pelo Laboratório Associado CBQF, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.

    Desde o primeiro momento abraçando a integração do projeto “SciPT Task Force against COVID-19”, diversos investigadores do CBQF uniram esforços para disponibilizar materiais e equipamentos. O objetivo desta TaskForce, que integra vários institutos de investigação de todo o país, é o de facilitar o acesso a diferentes recursos disponíveis, de modo a que as unidades certificadas para fazer diagnóstico da Covid-19 possam realizar o maior número de testes possível. Vários investigadores do CBQF inscreveram-se também como voluntários para participar neste esforço conjunto.

    Em ação concertada com o Centro Hospitalar Universitário de São João, o CBQF juntou-se também à iniciativa levada a cabo por diversos institutos de investigação da região Norte, na produção de meios de transporte para as zaragatoas de diagnóstico da Covid-19, e na produção de viseiras para a proteção dos profissionais de saúde. Tem sido com grande empenho e espirito de missão que vários investigadores e colaboradores do CBQF se entregaram a estas tarefas, das quais beneficiam o Hospital de São João e outros hospitais da região Norte.

    Durante esta semana:

    • Produziram-se mais de 25.000 tubos com meio de transporte para zaragatoa para apoiar a amostragem do vírus SARS-CoV-2;
    • Produziram-se mais de 100 viseiras, por impressão 3D;

    Ainda no sentido de contribuir para a manutenção da qualidade e segurança de alimentos, os laboratórios do CINATE - Laboratório de análises e ensaios a alimentos e embalagens, realizaram análises microbiológicas e químicas para controlo dos produtos alimentares e ensaios de migração às embalagens para que as empresas consigam manter os seus padrões de qualidade e segurança. Realizaram-se igualmente ensaios de compatibilidade com a pele em máscaras, a pedido de unidades hospitalares através do Laboratório Nacional de Referência em Materiais e Embalagens Alimentares.

    Nestes dias em que toda a ajuda parece pouca e em que toda a resposta precisa de ser célere, a prioridade do CBQF é ajudar para que médicos, enfermeiros e restante pessoal que trabalham na área da saúde possam continuar a lutar contra a COVID-19.

     

      

    Abril 2020

     

     

  • Escola das Artes em Direto #8 · Top-Down and Bottom-Up Dynamics

    02 ABR · 17H

    André Baltazar, Diogo Tudela e Nuno Crespo propõem-nos nesta emissão uma reflexão sobre modelos como mecanismos de apreensão e representação.

     

    BIBLIOGRAFIA
    • Antoine Bousquet (2015) Wargames in Simulation, Exercise, Operations.Londres: Urbanomic. ISBN 9780993045868
    • Eduardo Viveiros de Castro (2019) On Models and Examples: Engineers and Bricoleurs  in the Anthropocene in Current Anthropology, Vol. 60, No. 20. pp. 296-307. Chicago, IL: University of Chicago Press. ISSN 0024-094X
    • Johanna Drucker (2001) Digital Ontologies: The Ideality of Form in/and Code Storage:  Or: Can Graphesis Challenge Mathesis? in Leonardo, Vol. 34, No. 2. pp. 141-145.Cambridge, MA: The MIT Press. ISSN 0024-094X
    • Manuel DeLanda (2011) Philosophy and Simulation: The Emergence of Synthetic Reason. London: Continuum Books. ISBN 9781441170286
    • Reza Negarestani (2018) Intelligence and Spirit. London: Urbanomic ISSN 9780997567403
    • Robert Franck (Ed.) The Explanatory Power of Models.Berlin: Springer. ISBN 9781402046766
    ONLINE

    SLIDE: Top–Down and Bottom–Up Dynamics

  • In line with what was announced last week by the President of the Porto Regional Centre of the Universidade Católica Portuguesa, several researchers, faculty members, students and collaborators are on the front line to help fight the COVID-19 pandemic.

    From the first moment embracing the integration of the project "SciPT Task Force against COVID-19", several researchers from CBQF have joined efforts to provide materials and equipment. The goal of this Task Force, which integrates several research institutes from all over the country, is to facilitate access to different available resources, so that the units certified to make Covid-19 diagnosis can perform as many tests as possible. Several researchers from CBQF have also registered as volunteers to participate in this joint effort.

    In conjunction with the University Hospital of São João, in Porto, CBQF also joined the initiative carried out by several research institutes in the North region, in the production of means of transportation for the Covid-19 diagnostic swabs, and in the production of glasses for the protection of health professionals. It has been with great commitment and spirit of mission that several researchers and collaborators of CBQF have given themselves to these tasks, from which benefit the Hospital of São João, in Porto, and other hospitals in the North region.

    During this week (March 30 to April 3rd):

    • More than 25,000 tubes with swab transport medium were produced to support SARS-CoV-2 sampling;
    • More than glasses have been produced by 3D printing.

    April 2020

  • Please find the answers for the main questions regarding the impact of COVID-19 on the Erasmus+ Programme here »»

  • As principais perguntas e respostas, colocadas pelos participantes e organizações beneficiárias, sobre o impacto do coronavírus no Programa Erasmus+ são respondidas no novo espaço da página da Comissão.

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