Artigo de opinião por Helena Gonçalves, coordenadora do Fórum de Ética da Católica Porto Business School.
A criação de uma força de trabalho multigeracional também permite uma maior reserva de talentos, aumenta a resiliência, melhora a continuidade e a estabilidade da força de trabalho e a retenção de 'know-how'.
Em 2030, no final da Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030), “o número de pessoas com 60 ou mais anos será 34% superior, passando de mil milhões em 2019 para 1,4 mil milhões; em 2050, a população mundial de idosos terá mais do que duplicado, passando para 2,1 mil milhões”. Esta alteração demográfica está (e assim continuará) a provocar alterações no mercado do trabalho e na forma de gestão da força de trabalho das organizações.
De facto, há cada vez mais equipas compostas por pessoas de três ou mais gerações, com abordagens e expectativas muito diferentes em relação ao trabalho. Para além disso, diversos estudos apontam para existência de estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) com base na idade das pessoas (idadismo ou ageism), que se podem manifestar de diferentes formas, quer individualmente quer ao nível de práticas/políticas corporativas e institucionais, que perpetuam ainda mais algumas crenças estereotipadas, com profundas implicações na gestão.